Um Sátiro | 2014

Detalhes / OBRA DE ARTE


Título: Um Sátiro

Criador: Alexandre Mury

Data de criação: 2014

Tipo: fotografia

Meio: C-print (impressão cromogênica)


Período da Arte: Contemporâneo

Movimento/Estilo: Arte Conceitual, Arte Performática

Assunto: autorretrato, mitologia, uvas, chiaroscuro, caravagismo, barroquismo, plano médio 

Obras Relacionadas: ""Two Satyrs",  (1618-19)Peter Paul Rubens

Artistas Relacionados:  Peter Paul Rubens




  Palavras-chave

#mitologia #releitura #arteconceitual #arteperformatica #artecontemporanea #artebrasileira


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Procedência: Alexandre Mury Coleção Particular / Acervo Pessoal  de Obras de Arte
Direitos: © Alexandre Mury
tableau vivant caravagesco na fotografia de Alexandre Mury interpretando um ser mitológico pintado originalmente por Peter Paul Rubens
Fotografia    Autorretrato performático


PETER PAUL RUBENS (1577-1640) Zwei Satyrn, um 1617/19
Dois Sátiros, 1618 e 1619 Pieter Paul RubensPintura a óleo sobre painel (76x66 cm)Alte Pinakothek, Munich 

Um raio-x revela que originalmente apenas o sátiro em primeiro plano foi planejado. Posteriormente, acrescentou mais dois planos ao painel, uma à esquerda e outra ao fundo, e incluiu o segundo sátiro cuja cabeça não aparece com tanto brilho porque foi pintada sobre um fundo escuro.  

O uso do chiaroscuro pelo artista é inspirado nas obras de Caravaggio, que ele havia estudado na Itália.


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Repercussão

Cliping de mídia - Matéria de O Globo sobre o artista plástico Alexandre Mury
Matéria publicada em 12 | 04 | 2012 | O GLOBO A MAIS | ipad 
Clipping matéria jornalística sobre os trabalhos de Alexandre Mury

Difícil não conectar o trabalho do artista plástico Alexandre Mury com o título do filme dirigido por George Pal em 1964. "As sete faces de Dr. Lao", cujo roteiro foi adaptado de um romance de fantasia de 1935 e narra a chegada de uma tru- pe mitológica a uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos. Tony Ran- dall, o Dr. Lao da fita, interpreta também o Abominável Monstro das Neves, Mago Merlin, Medusa, Pan e outros três perso- nagens. Maquiagem, figurinos e efeitos especiais transformam o ator de forma surpreendente, tal como Mury improvi- sa, desde os 16 anos, quando começou a se fotografar reinterpretando figuras da literatura e da mitologia, imagens de pin turas, esculturas e vultos históricos. Hoje Mury tem cerca de cem fotografias edita- das, sendo que muitas obras permancem inéditas. Quarenta das já lançadas fazem parte do acervo do colecionador Gilberto Chateaubriand, estando o tríptico "Fran- cis Bacon", de 2011, e "Abaporu", de 2010, em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio. Em São Paulo, as obras "As três Fridas" (2010). "Icarus/Jazz (2011) e "A duquesa feia" (2011) integram a mostra "Retratos performáticos", no Sesc Vila Mariana. E a partir de amanhã, dia 13 de abril, o público carioca verá um trabalho inédito dele dentro da coletiva Atlântico Contemporâneo, no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana. No novo tra- balho de Mury, impressionante conexão com o olhar da obra original, "Dois sá- tiros", de Pieter Pauwel Rubens (1617), e com a verve hedonista de Pan, deus com orelhas, chifres e pernas de bode, que figura no filme do qual falamos acima. E isso não é mera coincidência:

- A fotografia foi o meio que encontrei para trabalhar com instalação, pintura, escultura e atuação dentro de uma mesma obra. Tem muito de teatro e cinema tam- bém na reconstrução que faço de obras clássicas - comenta o artista, que nasceu em São Fidélis, cidade a 350 quilômetros da capital do Rio de Janeiro, estudou pu- blicidade em Campos de Goytacazes e há dois anos vive integralmente da arte.

Por se apropriar de imagens populares (ele já se fotografou como uma sereia de semblante sonhador em 2008, um saci de sorriso bem safadinho em 2009 e um co- ringa de dupla personalidade sarcástica em 2010) e de ícones da história da arte - tal como "Guernica" (2011), de Picasso, e "O Abaporu" (2010), de Tarsila do Amaral -, Mury colhe retornos fantásticos do pú- blico. Ao chegar em São Paulo, no começo de março para abertura da coletiva na Vila Marina, foi surpreendido pela pergunta do taxista: "O doutor é o Arapuru?". Não é pra menos: publicado no Facebook por um fa, o nu censurado anteriormente pela rede social (o site deixou Mury de "castigo" por sete dias, com ameaça de ter sua conta bloqueada), colecionou, em três dias no ar, 5 mil compartilhamentos.

Ao taxista, nós respondemos: é sim, senhor; Alexandre Mury é o "Abaporu", a "Medusa" (2010), "O Pensador" (2008) e tantas outras personas que vivem dentro dele.



IGOR FIDALGOigorfidalgo@oglobo.com.br12.04.2012
Segundo Caderno do Jornal O Globo falando do artista Alexandre Mury
O GLOBO, SEGUNDO CADERNO ● 3Joaquim Ferreira dos SantosSegunda-feira, 16 de abril de 2012