Hamlet | 2010
Detalhes / OBRA DE ARTE
Título: Hamlet
Criador: Alexandre Mury
Data de criação: 2010
Tipo: fotografia
Meio: C-print (impressão cromogênica)
Período da Arte: Contemporâneo
Movimento/Estilo: Arte Conceitual, Arte Performática
Assunto: dramatização, personagem literário, literatura, teatro, vaso sanitário, papel higiênico, Hamlet, rufo, caveira, rato
Obras Relacionadas: Hamlet, entre 1599 e 1601, William Shakespeare
Artistas Relacionados: William Shakespeare
⚿ Palavras-chave
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Procedência: Alexandre Mury Coleção Particular / Acervo Pessoal de Obras de Arte
Direitos: © Alexandre Mury
Hamlet, é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601
______________Ato III: Cena I
Hamlet entra, falando seu famoso solilóquio "Ser ou não ser" sobre como não sabemos o que esperar na vida após a morte — preferimos “suportar os males que temos”, diz Hamlet. Ele estava refletindo sobre a decisão de cometer suicídio ou não.
O resto da peça trata da dúvida de Hamlet, se deve ou não vingar o pai e como fazê- lo. Enquanto pensa na vingança, Hamlet decide fingir-se de louco para decidir como proceder.
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Ato III: Cena II
Hamlet instrui atores para a performance de uma pantomima — um homem mata um rei enquanto ele dorme em seu jardim, e sua amada esposa, inicialmente inconsolável com a morte do rei, casa-se com o usurpador, que se coroou rei.
Hamlet é perguntado sobre o título da peça, e responde — A Ratoeira.
Uma peça dentro da peça, por meio da qual estabelecerá a culpa de Cláudio no assassinato do pai de Hamlet.
Hamlet coloca em questão os limites do espaço da performance e a experiência trágica para além do teatro.
Ato V: Cena I
O comentário metadramático de Shakespeare, aparece também, quando dois coveiros brincam sobre as circunstâncias da morte de Ophelia.
Os personagens são derivados de uma tradição de performance chamada Commedia del'Arte, uma técnica de atores cômicos, originalmente italiana que foi muito popular no teatro renascentista em toda a Europa.
Quando Hamlet encontra um determinado crânio, ele pergunta ao coveiro de quem poderia ser. O coveiro diz a ele que o crânio pertencia a Yorick, o bobo da corte do rei.
HeraklitosAsàrotos Òikos (Piso não varrido)Mosaico (Vidro e mármore colorido)Século II aC. Origem: Monte Aventino, RomaMuseu Gregoriano Profano, Vaticano
O artista criou um chão que parece estar coberto com os restos de um banquete luxuoso. Este jogo entre espaço real e pictórico está para além de um trompe l'oeil fascinante; este impressionante mosaico fornece evidências reveladoras do passado — um discurso erudito e um lembrete da brevidade da vida.
Os mosaicos Asàrotos Òikos foram todos descobertos, exclusivamente, no espaço doméstico da elite romana – no triclínio: sala reservada aos banquetes. O detalhe do ratinho dinamiza o enredo revelador de uma cena. A representação desses, aparentemente, objetos do cotidiano revelam as atitudes, a interação entre as pessoas e os costumes.
Sir John Everett MillaisMariana1851Óleo sobre madeira49,5 x 59,7 cmTate Gallery
Dizem que Millais quando percebeu a presença de um rato no local onde estava pintando o quadro — resolveu matá-lo e eternizá-lo na pintura, era mais fácil ter o assunto inerte. O artista teria dito: “na melhor posição possível para pintá-lo."
O rato não foi incluído por acaso, pois muitos dos detalhes da pintura se relacionam diretamente com a poesia de Tennyson. O ratinho no canto inferior direito é um detalhe diretamente de um poema. O rato definitivamente parece ter entrado na história da arte.
Albrecht DürerAdão e Eva (detalhe)1504Gravura25,1 x 20 cmThe Metropolitan Museum of Art
Nesta obra de Dürer. o rato é um elemento coadjuvante, mas desempenha um papel simbólico importante na representação da cena. Os plácidos animais de Dürer significam que neste momento de perfeição no jardim, as figuras humanas ainda estão em estado de equilíbrio. O gato ainda não persegue o rato. Esses animais contribuem para a construção simbólica da narrativa da queda e da perda do paraíso.
Na gravura de Dürer, Adão e Eva são baseadas nos ideais do arquiteto romano Vitrúvio, retratando as figuras humanas de acordo com essas proporções ideais. Dürer faz referência às esculturas gregas de Vênus e Apolo. Após suas viagens a Veneza e seu contato com as ideias e práticas artísticas italianas, Dürer não apenas experimentou a transformação do gótico para o renascentista, ele foi um agente dessa mudanças.
O que hoje é conhecido como "O Pensador" representaria Dante Alighieri diante das portas do Inferno — "O Poeta" era o título original da escultura. A imagem difere do que era popular na época, como pode ser lembrado na pintura de Delacroix e nas famosas gravuras de Gustave Doré — Dante aparece vestido — e não nu.
Rodin tomou como referência o fragmento de uma escultura helenística e as obras de Michelangelo.
O Torso del Belvedere com sua perfeição anatômica era assinada pelo escultor grego, Apollonios. Altamente estimada por eruditos, serviu e ainda serve como inspiração para releituras de outros artistas.
Michelangelo que era fascinado nessa peça da antiguidade, em sua escultura de Lorenzo de Medici e no afresco do profeta Jeremias deixa a referênfia evidente na postura das figuras meditativas.
A expressão corporal é enfática e primorosa nas obras de Rodin. Os personages desnudados são um desafio para a inteção comunicativa de cada persoangem. Em sua representação incomum de Cristo e Madalena, as duas figuras estão nuas. A anatomia e a pose, nas esculturas de Rodin, comunicam emoções em todos os detalhes de músculos.
Musée Rodin, Paris, França
O lugar da figura de Hamlet na memória e no imaginário coletivo pode depender mais das imagens artísticas desse personagem do que de qualquer familiaridade derivada da leitura ou da presença no teatro.
Ato I: Cena II
O rei Claudius faz um discurso para seus cortesãos, explicando seu recente casamento com Gertrude , viúva de seu irmão e mãe do príncipe Hamlet. Claudius diz que está de luto pelo irmão, mas escolheu equilibrar o luto da Dinamarca com a alegria de seu casamento.
Volltando-se para o príncipe Hamlet, Claudius pergunta por que “as nuvens ainda pairam” sobre ele, já que Hamlet ainda está vestindo roupas pretas de luto. Gertrude o exorta a abandonar sua “cor noturna”, mas ele responde amargamente que sua tristeza interior é tão grande que sua aparência sombria é apenas um espelho dela.
Claudius declara que todos os pais morrem e todos os filhos devem perder seus pais. Quando um filho perde o pai, ele tem o dever de chorar, mas chorar por muito tempo é pouco masculino e inapropriado.
Johannes CorvusQueen Elizabeth I1575Óleo sobre madeira113 x 78,7 cmNational Portrait Gallery
Elizabeth I emitiu numerosas proclamações sobre roupas, constando editais, detalhando as cores e tecidos que as pessoas poderiam usar de acordo com sua posição social. Essas eram chamadas de leis suntuárias e visavam regular os gastos pessoais com luxos como roupas.
A justificativa para essas leis enfatizava o medo do aumento dos gastos extravagantes com roupas e seu impacto na riqueza da nação; preocupação com jovens cavalheiros que estavam se endividando com gastos excessivos.
O rufo é provavelmente o item de roupa mais associado à Inglaterra elisabetana. Rufo é uma gola plissada, um adedereço removível, muito popular durante meados do século XVI e XVII – usados em toda a Europa. Este tipo de colarinho, em linho e/ou renda era usado por ambos os sexos, por velhos e jovens, cortesãos e trabalhadores.
Artista desconhecidoPossivelmente pintado por Oli ScarffO retrato de Cobbe de William Shakespeare1610Óleo sobre painel54 x 38,1 cmNational Trust, Hatchlands
Evidências descobertas por pesquisadores, em 2009, levaram à alegação de que o retrato é de William Shakespeare e pintado ao vivo. Outros estudiosos descartam essa teoria.
Existem inúmeras cópias antigas da pintura, a maioria das quais foram atribuídas à imagem de Shakespeare.
Nicolai AbildgaardHamlet com sua mãe, 1776 – 1779Óleo sobre tela50,5 x 64 cm Statens Museum for Kunst
O personagem vestido de amarelo e verde, é Hamlet representado quando o fantasma de seu pai assassinado lhe aparece para exigir vingança. A combinação das duas cores da roupa de Hamlet, são as "cores da loucura", encontra-se com maior frequência, nos séculos XIV e XV, nas roupas usadas pelos bobos da corte.
As nádegas que são o elemento central da composição da pintura de Abildgaard deixa um homoerotismo evidenciado. Hamlet trata Ofélia de maneira dura e cruel em algumas ocasiões e a relação estreita entre Hamlet e Horácio é retratada de forma suspeita como uma relação homoafetiva.
Abildgaard era dinamarquês, a trama de Hamlet se passa na Dinamarca do século IX, a pintura é do século XVIII. Este quadro reflete a cena IV do Ato III, Hamlet entra nos aposentos de Gertrude quando o fantasta de seu pai assassinado lhe aparece para exigir vingança.
Abildgaard era um homem erudito com amplo interesse em história, mitologia e teoria da arte, e a inspiração para seus temas foi encontrada principalmente no mundo literário.
Sarah LucasHuman Toilet RevisitedImpressão digital sobre papel158 x 153,6 cm1998Tate Gallery
O banheiro é um tema recorrente no trabalho de Sarah Lucas. Seguindo os passos de Marcel Duchamp, a artista vê o potencial irônico e paranomasias em certos objetos do cotidiano. A cena sugere ao mesmo tempo consumo e excreção. A arte de Lucas confronta destemidamente "grandes temas" como sexo, morte e abjeção.
Com a aparênica andrógina, segurando um cigarro na mão, sentada em um vaso sanitário, em um contexto íntimo — nada glamouroso — frustra estrategicamente a fetichização do corpo feminino. Em seus autorretratos, ao contrário de Cindy Sherman, Lucas não adota um disfarce ou personagem, ela se apresenta tal como aparece no cotidiano.
Na década de 1960, Duchamp encomendou 17 réplicas. Estes agora fazem parte de uma série de coleções significativas, como a do Centre Pompidou, Paris, Tate Modern, Londres e o Museu de Arte da Filadélfia. Infelizmente, a obra original de Duchamp foi perdida ou destruída pelo próprio artista.
Sherrie Levine fez uma homenagem ao icônico mictório de porcelana, de Marcel Duchamp — pioneiro da apropriação de arte. A artista subverte o readymade de Duchamp ao fundir a obra em bronze, um material tradicional na história da escultura.
É algo que os artistas fazem o tempo todo inconscientemente, trabalhando no estilo de alguém que consideram um grande mestre. Eu só queria tornar essa relação literal."
— Sherrie Levine
Maurizio Cattelan é conhecido por suas obras satíricas e provocativas, criou um vaso santitário totalmente funcional feito de ouro maciço de 18 quilates. Projeto realizado em 2016, especialmente para o Museu Guggenheim em Nova York. A obra era interativa e os visitantes eram convidados a interagir com ela individual e "privadamente”.
Francis Bacon pintou, obsessivamente, retratos de seu amante, George Dyer, tanto durante sua vida quanto após a morte.
Os momentos antes de Dyer morrer de overdose ou suicídio no banheiro do hotel, na véspera da retrospectiva do artista no Grand Palais, Paris, em 24 de outubro de 1971 , aparecem na pintura — Dyer sentado em um vaso sanitário com a cabeça agachada entre os joelhos, como se estivesse com dor — São três momentos numa ordem narrativa que o tríptico reescreve a cena da morte.
"Prefiro colocar meu corpo em condições físicas que as pessoas comuns não experimentaram. É somente nessas condições que sou capaz de experimentar a relação entre o corpo e o espírito".
— Zhang Huan
Zhang sentado despido em um vaso sanitário, espalhou mel com óleo de peixe por todo o corpo para atrair moscas. A performance foi executada em um banheiro público fedido, com um espaço de 12 metros quadrados. O artista manteve-se quase imóvel, com as duas pernas pendentes, em uma pose associada a um tipo de imagem específica chamada: Buda Rei Udayana.
O registro desta performance foi feito pelo colega artista e fotógrafo Rong Rong, na China, onde existem numerosos banheiros públicos em condições insuportavelmente imundos.
A arte performática de Zhang sempre foi caracterizada por algum grau de dor que combina a experiência pessoal com uma crítica social – dois elementos essenciais de sua arte performática.
HamletDrama em cinco actosPor William Shakespeare
Número de páginas:149Publicação:1880Editora:Imprensa NacionalDigitalizado em: 24 de abril de 2013Idioma: PortuguêsIdioma original: Inglês
Personagens: Ofélia, Cláudio, Príncipe Hamlet, Polónio, Horácio, mais
Primeira apresentação: 1602
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