Papoula | 2013
Detalhes / OBRA DE ARTE
Título: Papoula
Criador: Alexandre Mury
Data de criação: 2013
Tipo: fotografia
Meio: C-print (impressão cromogênica)
Período da Arte: Contemporâneo
Movimento/Estilo: Arte Conceitual, Arte Performática
Assunto: fotografia de autorretrato, releitura, dramatização, pintural corporal, trompe-l'oeil
Obras Relacionadas: Le Coquelicot (The Corn Poppy), 1919, Kees van Dongen
Artistas Relacionados: Kees van Dongen
⚿ Palavras-chave
#autorretrato #releitura #tableauvivant #arteconceitual #arteperformatica #artecontemporanea #artebrasileira
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Direitos: © Alexandre Mury
Kees van DongenLe Coquelicot (The Corn Poppy)1919óleo sobre tela54,6 × 45,7 cmMuseum of Fine Arts, Houston
Com seu chapéu vermelho vibrante, que era popular na época; a maquiagem escura nos olhos, dando contornos misteriosos; a boca pequena, de lábios pronunciados no batom vermelho — tornam uma figura feminina definitiva do período “La Folle Époque” (anos loucos). Na década de 1920, eram conhecidas como as garçonnes na fraça; flappers, nos Estados Unidos; e melindrosas, no Brasil. Uma época de mais liberdade independência para as mulheres — elas eram fiéis a si mesmas.
Em 1917, Kees van Dongen, enquanto morava sozinho em Paris, iniciou um relacionamento com uma socialite casada, a diretora de moda Léa Alvin, também conhecida como Jasmy Jacob. Ela provou ser o canal entre van Dongen e as classes altas e, por meio de suas apresentações, surgiram inúmeras encomendas de retratos.
Kees van Dongen logo ganhou reputação por seus retratos sensuais. Quando alcançou a popularidade começou a pintar retratos das mulheres da alta sociedade. Algumas das obras mais famosas do pintor retratam celebridades da moda, incluindo a atriz francesa Brigitte Bardot. Àquelas que diziam «não estou parecida», respondia: Quando alguém se deixa pintar por um pintor célebre, só lhe resta uma hipótese: tornar-se parecida com o retrato.
O artista começou seus estudos na Academia Real de Belas Artes de Rotterdam, muda-se para Fraça em 1918. Van Dongen foi influenciado fortemente por seu envolvimento inicial com Henri Matisse e os Fauves. Seu estilo distinto de pintura também tem origem nos desenhos satíricos que fez para jornais no início de sua carreira. Van Dongen começou desenhando cenas de marinheiros e prostitutas. Ele ilustrou, em 1901, uma edição inteira de L'Assiette au beurre, uma revista que se dedicava à política e questões sociais, o tema de então era a prostituição sob a perspectiva das condições das prostitutas — a prostituição na Paris contemporânea como um fenômeno sintomático da degeneração da burguesia.
Jean CocteauO Testamento de Orfeu (Le Testament d'Orphée)1960Filme em preto e branco com alguns segundos de filme colorido emendados. Terceira parte da séries de filmes: Trilogia ÓrficaFantasia/Drama 1h 19m ______________
O olhar dos personagens de Jean Cocteau com olhos pintados, que parecem estar sempre olhando para um objeto desconhecido, que nunca piscam, mas que, no entanto, parecem ver algo no vazio — Na trama que narra a morte e ressurreição do poeta, Le Testament d'Orphée (1960), Jean Cocteau interpreta a si mesmo, misturando sonho e realidade, passado, presente e futuro num mundo onde reina a estética. É considerada a parte final de uma trilogia, seguindo "Le sang d'un poète" (1930) e "Orphée" (1950).
Cocteau descreve Édipo e Orfeu como figuras que assombram sua criação, das quais ele não pode escapar. Édipo é, em certo sentido, o duplo de Orfeu. Na filmografia de Cocteau, o uso de olhos artificiais representa o olhar interior, morte e transcendência — suas pálpebras fechadas com os olhos pintados também são uma metáfora da repressão dos desejos íntimos.
Apontando a câmera para uma direção enquanto tirava a foto na outra
— Strand executou uma série de retratos de rua espontâneos com uma câmera manual equipada com uma lente falsa.
Paul StrandCega1916 Impressão em platina34 x 25,7 cmColeção de Alfred Stieglitz, 1933