A aranha chorando | 2012
Detalhes / OBRA DE ARTE
Título: A aranha chorando
Criador: Alexandre Mury
Data de criação: 2012
Tipo: fotografia
Meio: C-print (impressão cromogênica)
Período da Arte: Contemporâneo
Movimento/Estilo: Arte Conceitual, Arte Performática
Assunto: autorretrato, releitura, aranha, fantasia, lágriam, choro, pranto, emoção, expressão
Obras Relacionadas: "The Crying Spider", 1881, Odilon Redon
Artistas Relacionados: Odilon Redon, Bas Jan Ader
⚿ Palavras-chave
#releitura #tableauvivant #arteconceitual #arteperformatica #artecontemporanea #artebrasileira
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Procedência: Alexandre Mury Coleção Particular / Acervo Pessoal de Obras de Arte
Direitos: © Alexandre Mury
Odilon Redonl’Araignée qui pleure (A aranha chorando), 1881Carvão vegetal49,5 x 37,5 cmColeção particular
Um rosto humano no corpo de uma aranha é uma justaposição inquietante que pode chocar, enojar e causar repulsa — ao invés disso, o artista delicadamente, evoca uma simpatia, ao desenhar as lágrimas em um dos lados da bochecha, representando a comovente tristeza da figura.
A imagem é enigmática como em todas as obras de Redon, nada é tão óbvio e não se reduz a simples associações metafóricas. A figura fantástica, própria do simbolismo de Redon. Essa fase da obra do artista, monocromática, ele mesmo denominou Les Noirs, trabalhando com carvão e grafite — como tantos outros desenhos, foi realizado posteriormente em litografia.
Redon admirava Jean-Jacques de Grandville — é notável a influencia de suas caricaturas antropomórficas inspiradas na fauna e na flora. Redon explorava a relação entre luz e sombra, como tal chiaroscuro de Rembrandt e o esfumato de Leonardo, ambos os quais ele tanto admirava.
O artista se filmou chorando inconsolavelmente o que pode nos dividir entre a estranheza que nos separa do outro e a afinidade irresistível da empatia.
A emoção oscila entre abstração e realidade. A encenação toca o psicológico e a encarnação daquele sofrimento embaralha o afeto com o conceito de ficção descontruindo a noção protocolar de performace.
Ader fez um cartão postal com uma foto do filme e o enviou a amigos e conhecidos na Europa.
© The Easton Foundation/VAGA em ARS, NY
Louise BourgeoisMulher aranha2004Ponta secaUma edição em Tecido e outra em papel
Desde os primeiros desenhos em 1940, Louise Bourgeois criou várias aranhas de diferentes tamanhos em pinturas, gravuras, esculturas e instalações escultóricas. Para Louise Bourgeois, a aranha é uma figura materna — consistentemente explorou sua própria biografia; a sua mãe tecia velhas tapeçarias em sua oficina de restauração. Da história familiar às experiências corporais e sociais como mulher estão entre os assuntos que ela tratou com profundidade emocional e complexidade psicológica.
Louise BourgeoisSpider2003Aço inoxidável e tapeçaria59,7 x 71,1 x 63,5 cm
Louise BourgeoisSpider2003Aço inoxidável e tecido
Nikolaos GyzisThe spider1884Óleo sobre painel71 x 51.5 cmNational Art Gallery (Alexandros Soutzos Museum), Athens, Greece