O Anjo do Lar | 2011

Detalhes / OBRA DE ARTE


Título: O Anjo do Lar

Criador: Alexandre Mury

Data de criação: 2011

Tipo: fotografia

Meio: C-print (impressão cromogênica)


Período da Arte: Contemporâneo

Movimento/Estilo: Arte Conceitual, Arte Performática

Assunto: autorretrato, releitura, sacolas de plástico, cores, linha do horizonte, externa, paisagem, parangolé

Obras Relacionadas: The Fireside Angel (The Triumph of Surrealism); L’ange du foyer (Le triomphe du surréalisme), Der Hausengel

Artistas Relacionados: Max Ernst, Helio Oiticica



Palavras-chave

#releitura #tableauvivant #arteconceitual #arteperformatica #artecontemporanea #artebrasileira


______________


Procedência: Alexandre Mury Coleção Particular / Acervo Pessoal de Obras de Arte
Direitos: © Alexandre Mury
Performance do artista encenando uma livre interpretação com sacolas de plástico para reimaginar a pintura de Marx Ernest com o mesmo título.
Fotografia Autorretrato performático


The Fireside Angel (The Triumph of Surrealism), 1937, Max Ernst
Private collection © 2013, ProLitteris, Zurich

Max ErnstThe Fireside Angel (The Triumph of Surrealism)Óleo sobre tela, 114 x 146cmColeção particular
______________

Max Ernst provoca seu público a questionar suas próprias crenças ao chamar tal figura de anjo. O título deste trabalho foi uma manobra direta para intrigar e envolver o espectador.

Ernst pintou O Anjo do Lar logo após a derrota dos republicanos espanhóis na Guerra Civil Espanhola. O objetivo de Ernst era retratar o caos que ele via se espalhar pela Europa e a ruína que o fascismo traz aos países.

Pintado em três variações, em 1937, em Paris. A obra foi renomeada pelo artista, em 1938, para O Triunfo do Surrealismo — uma referência e uma reação ao fato de que os surrealistas, com suas ideias comunistas, estiveram fragilizados diante do fascismo.

Ernst com suas imagens oníricas foi um dos primeiros artistas a aplicar as teorias dos sonhos de Sigmund Freud a fim de explorar a fonte de sua própria criatividade.

Max Ernst se esforçou para criar uma pintura sugestiva do caos que ele temia estar se espalhando pela Europa e denunciar a corrupção presente em governos controlados por militares. Mais tarde, o pesadelo que ele temia, após a Guerra Civil Espanhola, se torna realidade.


© VG Bild-Kunst, Bona 2016 Pinakotheken

Max ErnstO Anjo do Lar (Der Hausengel), 1937Óleo sobre tela, 54 x 74 cmPinakotheken, Kunstareal, Munique, Alemanha

Imagem Divulgação

Max Ernst The House Angel, 1937, óleo sobre tela, 37,5 x 46 cm, Coleção particular


Obras de Alfred Kubin e Francisco de Goya podem ter inspirado Max Ernst.

Collection of the Weisman Art Museum

Alfred KubinDer Krieg (A guerra), 1903Reprodução litográfica43,7 x 35,5 cmCollection of the Weisman Art Museum

Domínio público | Creative Commons Zero (CC0)


Francisco de Goya 'O abutre carnívoro' (El buitre carnívoro)Placa 76 Série: Os Desastres da Guerra (Los Desastres de la Guerra)Criado: 1814–15 (publicado em 1863)Gravura, ponta seca, buril, brunidor17,3 × 22 cmThe Metropolitan Museum of Art


Ricky mostra a Jane seu mais belo vídeo: uma sacola plástica dançando ao vento.


Cena do filme Beleza Americana, Ricky mostra a Jane seu mais belo vídeo: uma sacola plástica dançando ao vento.


"And this bag was just... dancing with me ... like a little kid begging me to play with it. For fifteen minutes. That's the day I realized that there was this entire life behind things, and this incredibly benevolent force that wanted me to know there was no reason to be afraid. Ever. Video is a poor excuse, I know. But it helps me remember ... I need to remember...

Sometimes there's so much beauty in the world ... I feel like I can't take it... and my heart is just going to cave in."




American Beauty (Beleza Americana), 1999Direção: Sam MendesRoteiro: Alan BallGênero: dramaMena Suvari como Angela HayesWes Bentley como Ricky Fitts

Parangolé, de Oiticica, é uma junção de tecidos coloridos que as pessoas vestem e dançam, como se trouxessem movimento às cores
© Projeto Hélio Oiticica
"Parangolé"1964Hélio Oiticica

Os Parangolés são obras de arte com as quais as pessoas podiam interagir. É um trabalho investigativo em torno de como as cores se relacionam com o espaço. Confeccionadas com camadas de tecidos ou plásticos... elas foram criadas para serem usadas e manipuladas enquanto se dança ao ritmo do Samba.


Segundo as palavras do artista, em “Anotações sobre o ‘Parangolé’”, de novembro de 1964:


a ideia da ‘capa’, posterior à do estandarte, já consolida mais esse ponto de vista: o espectador ‘veste’ a capa, que se constitui de camadas de panos de cor que se revelam à medida em que este se movimenta correndo ou dançando”. A obra requer aí a participação corporal direta, na qual a ação é a pura manifestação expressiva, uma “transmutação expressivo-corporal do espectador, característica primordial da dança, sua primeira condição.

(OITICICA, H. Catalogue Raisonné, p.1. )


é uma escultura do artista britânico Gavin Turk feito de bronze e pintada para parece com um saco de lixo
Divulgação Gavin Turk - Site oficial
Gavin TurkDump, 2004 Série "American Bag" bronze pintado43 × 47 × 61 cm


______________


Sob efeito de um trompe l'oeuil somos desconstruídos diante da sacaralidade de uma obra de arte.

Obra de arte feita com Sacos de lixo de plástico não biodegradável e poliestireno não biodegradável em tela sobre madeira.
Divulgação Marc Quinn

Marc Quinn"Raft Painting (Start)", 2017 Sacos de lixo de plástico não biodegradável e poliestireno não biodegradável em tela sobre madeira.


“Também há uma beleza nas sacolas e uma espécie de elegância nelas. Grande parte da história da arte é sobre a beleza das cortinas e tecidos.”

Marc Quinn